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Leituras Escritas

 

Quando se fala de uma leitura de cartas, na nossa cabeça aparece a imagem do leitor à nossa frente, as cartas dispostas numa mesa com uma toalha vermelha ou motivos esotéricos, velas, critais, figuras religiosas, etc.. No meu caso não acontece nada disso. Sou eu, os meus amuletos que são apenas objectos com significado especial para mim, às vezes uma toalha, outras vezes directamente em cima do tapete ou do sofá com o computador ao lado. 

As minhas leituras não são presenciais, mas sim de forma escrita e enviadas por email. E tenho a noção que isso me possa fazer perder clientes, talvez porque o facto de não me verem os façam duvidar do que estou a fazer "nas suas costas". Mas a verdade é que, presencialmente (ou virtualmente) não significa que haja mais veracidade na leitura, o que determina isso é a integridade de quem lê, mais do que o método que usa. 

A única coisa que preciso é da sua questão contextualizada, até ao detalhe que quiser partilhar, e um link para um perfil numa rede social, mesmo que privado, apenas para ter contacto com a sua imagem e a sua energia. É o suficiente e nunca precisei de mais. 

A razão pela qual não abdico do meu método é porque a escrita é a minha forma de expressão mais efectiva, é a escrever que penso. Ao escrever tenho tempo de ponderar e ao reler consigo, mais facilmente estabelecer relações entre as minhas ideias. Se uma ideia nova me surge, tenho tempo de ir pesquisar sobre ela, se estou bloqueada numa carta posso ir à procura dos seus vários significados ou mesmo recorrer a outras leituras que já fiz se essa me lembrar de alguma. Enquanto uma leitura presencial tem um valor determinado consoante a sua duração, os meus valores são calculados pelo tipo de questão, quer me durem 30 minutos ou 2 horas - uma questão aparentemente simples como "Quando é que conseguirei engravidar?" pode levar-me 3 horas a responder. Não só lhe irei responder quando, mas porque é que não o está a conseguir e o que fazer para o ultrapassar.

O momento da leitura é um ritual muito meu com as cartas e, por vezes, a ânsia da pessoa em querer saber pode interferir no processo. Estando sozinha não há interferências porque a pessoa nem sequer sabe quando vou fazer a leitura. 

Este tipo de leitura não é usual, o que fez com que percebesse cedo, aos 6 meses de prática, pelos resultados que já tido e feedback recebido, que estava preparada para começar a ler a nível profissioal, porque tinha encontrado a minha identidade enquanto leitora e sabia que resultava. 

Este método torna a experiência muito mais rica para quem recebe a leitura e, claro, para mim também. Primeiro porque não tendo a pressão do tempo contado, o nível de detalhe a que consigo chegar é muito maior e depois porque quem recebe a leitura fica, de facto, com ela. Numa leitura presencial, por vezes a informação é tanta e as nossas emoções estão tão à flor da pele que nos é impossível reter tudo o que nos é dito. Com um documento escrito podemos regressar a ela sempre que quisermos. Reler uns dias depois, imprimir, sublinhar as partes mais importantes e trazer connosco ou guardar no telefone para consultar quando tivermos vontade. 

Claro que, se surgirem dúvidas depois da leitura entregue estou disponível para uma breve conversa por vídeo-chamada para responder ao que não ficou claro. No entanto, se sentir que as dúvidas estão a levar para novas questões, vou ter de sugerir uma nova leitura porque não vou ter clareza suficiente nessa para lhe responder e aí é a sua decisão avançar ou não. 

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