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O que esperar das minhas leitura

 Mais uma vez reforço a ideia de que cada leitor de Tarot tem a sua visão do que faz e encara o seu trabalho de acordo com as suas crenças. Ao consultar-me para uma leitura não vai ter respostas definitivas sobre um futuro, uma decisão, ou uma questão como: "A/o minha/meu ex antiga vai voltar?". Posso adiantar uma previsão, mas nada mais é do que uma previsão. Tudo na vida é uma previsão, até a Metereologia - às vezes prevê-se trovoada e temos um dia lindo de Verão. 

Nada é definitivo, nada está escrito em pedra - e até a pedra sofre o desgaste da erosão. Resposta de "sim ou não" são ingratas tanto para quem lê, mas principalmente para quem pergunta. Claro que as entendo, há uma urgência em nós que não quer saber de conselhos, apenas se vai acontecer ou não e até eu me vejo nessa situação, mas também que quanto mais desesperada por uma resposta dessas estou, menos clareza encontro. Nunca altero as questões que me são colocadas, não tenho o direito de interferir nas escolhas das pessoas, mas quando distribuo as cartas, faço de forma a que elas me respondam a essa e outras questões como: onde estava o problema da relação, como está a energia entre ambas as pessoas neste momento, o que é que poderá acontecer no futuro, se há forma de contornar quaisquer obstáculos que se antevejam, se não houver solução que conselhos dar à pessoa para aliviar o sofrimento, etc... 

Aprendi que o Tarot é uma ferramenta que se usa como apoio a lidar com o "eu", a escutar o nosso inconsciente, mais do que uma voz do alto que nos diz: "Olha, descansa que isto vai-te acontecer". Até pode ser essa a mensagem, mas se as cartas disserem que a pessoa vai encontrar o trabalho dos seus sonhos e ela ficar em casa à espera que o trabalho apareça sozinho e não se esforce para ir ao seu encontro, não significa que as cartas estavam erradas, significa apenas que a energia da pessoa mudou porque confiou que as cartas lhe deram a solução, enquanto que o que as cartas fizeram foi mostrar-lhe o caminho. 

É por isso que, na minha opinião, a forma como se faz a pergunta já influencia a resposta. Porque não: "O que é que posso fazer para conseguir o trabalho dos meus sonhos?" em vez de "Vou conseguir o trabalho dos meus sonhos?" ou "Reatar a minha antiga relação é o melhor caminho para a minha felicidade?" em vez de "A/o minha/meu ex antiga vai voltar?", quem sabe se a esta pergunta as cartas não respondem que sim... A ideia ideal seria partir sempre de um ponto de vista activo e positivo. Somos nós os condutores da nossa vida, e são formos nós a defendê-la e a lutar por ela, ficamos à mercê de onde ela nos quiser levar. Não escolher também é uma escolha.

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